Corte de verbas

Polícia Federal descobre contas do PCC e governo vai bloqueá-las

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19 de agosto de 2006, 10h33

Levantamento feito pelo serviço de inteligência da Polícia Federal encontrou centenas de contas correntes usadas pela facção criminosa PCC, que atua em São Paulo. Para tentar frear as atividades da organização, o governo do estado e o governo federal fecharam acordo. A idéia é combater a lavagem de dinheiro e atacar as finanças do PCC. As informações são de O Estado de S. Paulo.

Um dossiê com os nomes dos que movimentam e o número das contas será entregue ao Ministério da Justiça, na próxima semana, para que as sejam bloqueadas pelo Banco Central. O acordo foi firmado pelo governador de São Paulo Cláudio Lembo e pelo ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, nesta sexta-feira (18/8), durante a inauguração do GSI — Gabinete de Segurança Integrada no estado. Através dele, todos os órgãos de segurança interna vão se reunir freqüentemente para planejar ações e trocar informações.

Segundo o dossiê, um integrante do PCC abriu 200 contas em 1 ano, cada uma com R$ 20 mil. Há ainda contas de traficantes de drogas ligados à facção, que movimentam de R$ 300 mil a R$ 500 mil por mês. “Nós temos as contas correntes, quem são os laranjas e para onde era enviado o dinheiro”, afirmou o secretário de Segurança do estado, Saulo de Abreu, que também participou do encontro. Ele ressaltou que o congelamento dos ativos das contas dos criminosos é medida administrativa, que independe do Judiciário.

O governador Cláudio Lembo revelou que a Polícia descobriu quais são as contas bancárias mantidas pelo líder da organização, Marcos Camacho, o Marcola. E Saulo de Abreu informou que a sua secretaria mapeou os pontos de drogas dominados pelo PCC e quem os controla.

Uma das ações do governo é apreender grandes carregamentos de drogas do PCC. Em 2006, a Polícia estadual apreendeu 17 toneladas de drogas. Desde maio, quando ocorreram ataques criminosos em São Paulo, a Polícia Federal contabilizou a apreensão de 18 toneladas de maconha que pertenciam à facção — 12 toneladas foram encontradas no Paraná e 4 toneladas em São Paulo.

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