Tráfico e lavagem

Ajufe e escritório da ONU se unem para combater crimes

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19 de setembro de 2005, 17h14

A Ajufe — Associação dos Juízes Federais do Brasil e o UNODC — Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime vão se tornar parceiros no combate ao crime organizado, ao tráfico internacional de drogas e armas e à lavagem de dinheiro.

O presidente da Ajufe, Jorge Maurique, e o representante regional para o Brasil e Conesul do UNODC, Giovanni Quaglia, assinam um memorando de entendimentos para uma futura parceria entre as entidades nesta terça-feira (20/9).

Os objetivos da parceria serão: apoiar a elaboração de propostas para a reforma do Poder Judiciário; fortalecer a cooperação entre os poderes judiciários dos países fronteiriços, principalmente integrantes do Mercosul; apoiar a elaboração de propostas legislativas para adaptar a legislação nacional às convenções internacionais na área das drogas, do crime e do terrorismo; e preparar a simulação de julgamentos, principalmente na área de lavagem de dinheiro.

A função desse acordo prévio, explicam Maurique e Quaglia, é definir as áreas de interesse para uma atuação conjunta da Ajufe e UNODC, por meio de projetos, além de criar as condições necessárias para o estabelecimento de parceria oficial entre ambas.

“Para a AJUFE, que vem tendo forte atuação nos últimos anos no combate à lavagem de dinheiro, trata-se de parceria de extrema importância”, afirmou o presidente da entidade, Jorge Maurique.

A Ajufe é a entidade representativa nacional dos juízes federais, congregando atualmente cerca de 1.500 associados — mais de 95% dos profissionais da área. São eles os responsáveis pelo julgamento de ações envolvendo o tráfico internacional de drogas e a lavagem de dinheiro. A associação já realizou dois seminários internacionais para trocar experiências com autoridades de outros países e também é autora de um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional para estabelecer no Brasil normas de cooperação judiciária internacional, visando agilizar a localização e a recuperação de recursos desviados ilegalmente do país.

Já o UNODC, com sede em Viena, na Áustria, tem 21 escritórios em todo o mundo e atuação em mais de 150 países. Trabalha diretamente com instituições governamentais, sociedade civil e comunidades locais, com o objetivo de desenvolver e implementar programas desenhados para enfrentar, de maneira integrada, os problemas gerados pelas drogas e pelo crime. O escritório coordena projetos que abrangem: prevenção ao crime e ao uso de drogas, enfretamento do narcotráfico, combate e prevenção à lavagem de dinheiro, crime organizado transnacional, corrupção, tráfico de seres humanos e terrorismo.

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