Operação Guabiru

Procurador-chefe do Tribunal de Contas de AL é indiciado

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1 de junho de 2005, 20h17

O procurador-chefe do Tribunal de Contas de Alagoas, José Correia Torres, está sendo acusado pela Policia Federal de participar do esquema de desvio de recursos federais destinados à compra de merenda escolar. O esquema está sendo investigado pela chamada Operação Guabiru. As informações são do jornal Tribuna de Alagoas.

Torres foi indiciado pelo delegado federal que preside o inquérito, Andrei Augusto Passos. Segundo a assessoria da PF, ele é acusado de corrupção passiva, advocacia administrativa (defesa de interesses de terceiros dentro do órgão público no qual trabalha) e formação de quadrilha. O procurador-chefe do TCE é primo do empresário e ex-prefeito de Rio Largo, Rafael Torres, apontado pelas investigações como o líder da quadrilha.

Além de Torres, outros dois acusados de participar no esquema também foram indiciados. De acordo com a PF, Thiago Rogério Firmino de Menezes e Francisco José da Silva são acusados de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os três novos indiciados devem responder ao inquérito em liberdade.

Firmino de Menezes é assessor do deputado estadual Cícero Amélio (PMN), que já esteve na sede da superintendência da PF visitando os acusados presos pela Operação Guabiru. O empresário José da Silva (um dos sócios da empresa de distribuição de alimentos Duarte & Silva) é irmão de Ângelo Márcio da Silva, também acusado de participar do esquema e já liberado da carceragem da PF. Ângelo era motorista de Rafael Torres e, segundo as investigações da PF, era o maior beneficiário do esquema.

A assessoria de imprensa da Polícia Federal também divulgou ontem que foi formalizada a apreensão dos produtos pertencentes à K.O., de propriedade de Kléber de Oliveira Santos, que foi indiciado pelo delegado Augusto Passos por envolvimento no esquema. Ele era sócio de Rafael Torres na empresa, que figurava como concorrente nas licitações disputadas e vencidas pela Suevit, também de Rafael Torres.

Os produtos da K.O. já haviam sido apreendidos pela PF no dia em que aconteceu a prisão de prefeitos, ex-prefeitos, empresários, secretários municipais, assessores políticos e funcionários públicos pela Operação Guabiru. Mas, como a quantidade de material apreendido “era grande, o depósito foi lacrado”, segundo nota da assessoria de imprensa da PF.

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