Procurador-geral nega delação premiada a Marcos Valério
4 de agosto de 2005, 11h14
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, disse na quarta-feira (3/8) que até agora o publicitário Marcos Valério não deu informações que o Ministério Público Federal considere relevantes para recompensá-lo com a delação premiada. O empresário tem insistido para ser réu-colaborador, mas Souza afirmou que não é hora de negociar, segundo informações do jornal O Globo.
“Continuamos achando que o momento ainda não é oportuno. Não temos o quadro completamente definido de forma a avaliar o grau de ajuda que ele está dando às investigações”, afirmou Souza.
Para o procurador, a colaboração que Marcos Valério está dando agora não chega a ser imprescindível para o andamento das investigações. “Existe uma série de diligências sendo realizadas que independem da participação dele”, disse ao jornal.
O procurador-geral afirmou que o trabalho de investigação levará tempo, já que são centenas de papéis com milhares de números que precisam ser minuciosamente analisados. “A investigação do Ministério Público tem que ser dirigida para a obtenção de provas consistentes”.
Sobre o pedido da CPI, para que o MP peça ao Supremo Tribunal Federal a prisão preventiva de Marcos Valério, o procurador disse não ter motivos para tomar a medida. Ele admitiu que o pedido de bloqueio de bens do empresário está sendo analisado.
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