Acusação de propina

Começa o julgamento do ex-presidente da Argentina

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15 de agosto de 2012, 17h13

O julgamento do ex-presidente argentino Fernando de La Rúa (1999-2001) deve se prolongar por seis meses, segundo especialistas em Judiciário. Na terça-feira (14/8), o Tribunal Oral Federal 3, de Buenos Aires, começou o julgamento da denúncia de pagamento de propina ao Senado, em 2000, como garantia de aprovação de uma polêmica reforma trabalhista.

Fernando de La Rúa renunciou ao poder em dezembro de 2001 durante uma crise econômica interna e várias manifestações de protesto contra seu governo. A estimativa de um longo processo de julgamento se deveao fato de pelo menos 350 testemunhas terem sido convocadas.

Ao lado do ex-presidente, dois ex-ministros e quatro ex-senadores também serão julgados. A acusação aponta um montante de US$ 5 milhões gastos em subornos. Os denunciados respondem por crime de corrupção, que pode levar de um a seis anos de prisão, além do fim dos direitos de exercer cargos públicos.

Na relação dos acusados no processo estão o ex-diretor da Secretaria de Inteligência do Estado Fernando de Santibanez e o ex-ministro do Trabalho Alberto Flamarique y Pontaquarto, assim como os ex-senadores Alberto Tell, Augusto Alasino, Remo Costanzo e Richard Branda, todos do Partido Justicialista.

O ex-presidente argentino se manteve sentado na primeira fileira dos réus e ouviu parte das denúncias presentes nas 1.080 páginas do processo. A previsão é que a sessão seja retomada na próxima terça-feira (21/8). Com informações da Agência Brasil e da Telam.

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