Campeonato da morte

Brasil tem a quinta maior taxa de homicídio na América Latina

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25 de novembro de 2008, 23h00

O Brasil é quinto colocado no ranking dos países latinos que possui maior taxa de homicídios na América Latina, e sexto no índice mundial. O dado consta do estudo, Mapa da Violência: os jovens na América Latina , divulgado nesta terça-feira (25/11).

A pesquisa, da ONG Rede de Informação Tecnologica Latino-Americana em parceria com Ministério da Justiça e Instituto Sangari,mostra que a desigualdade na distribuição de renda é a principal explicação para os níveis de homicídios registrados. As taxas são maiores em localidades com mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). As informações são da Agência do Brasil

No ano de 2003, o Brasil ocupava a segunda posição entre os países latino-americanos, com maior taxa de mortes violentas, superado somente pela Colômbia. Para os pesquisadores, a situação no país mudou em virtude da campanha do desarmamento. O que para eles pode ser considerado um êxito.

“O avanço se deve ao fato das quedas brasileiras na taxa de homicídios dos últimos anos, enquanto que em El Salvador, Guatemala e Venezuela as taxas cresceram significativamente ultrapassando os índices brasileiros”, diz o texto.

De acordo com o secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, a posição do Brasil nas pesquisas é conseqüência de um processo histórico que pode ser revertido.”Esse estudo nos faz ver que temos que acelerar o processo. Há uma redução razoável na taxa de homicídios no Brasil a partir de 2003, mas, evidentemente, temos que reduzir muito mais”, disse.

O relatório diz que para alcançar uma redução significativa na violência, o Brasil e os países vizinhos precisam de políticas de inclusão social.

Veja a lista dos 10 mais violentos na América Latina (Número de homicídios por 100 mil habitantes):

1 — El Salvador (48,8)

2 — Colômbia (43,8)

3 — Venezuela (29,5)

4 — Guatemala 28,5

5 — Brasil (25,2)

6 — Guiana (18,0)

6 — Equador (18,0)

8 — Paraguai (12,3)

9 — Nicarágua (10,4)

9 — Panamá (10,4)

Clique aqui para ler o relatório.

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