Conspiração global

Brasileiro é processado nos EUA por infectar computadores

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22 de agosto de 2008, 14h01

Leni de Abreu Neto, um brasileiro de Taubaté, deve responder pelo crime de conspiração no Júri Federal de Nova Orleans, nos Estados Unidos. Ele é acusado de invadir milhares de computadores ao redor do mundo. Segundo denúncia da Procuradoria do Distrito Leste de Louisiana, o esquema já danificou mais de 100 mil máquinas.

O hacker, de 35 anos, foi preso em julho pela polícia holandesa. A Justiça do país analisa o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos. Se Abreu Neto for condenado, poderá pegar até cinco anos de prisão e três de condicional. Além disso, terá que pagar multa de US$ 250 mil (R$ 404 mil) ou ressarcir aqueles que foram prejudicados.

O anúncio foi feito, na quinta-feira (21/8), pelos procuradores Matthew Friedrich e Jim Letten e repercutiu nas agências de notícias internacionais. A investigação contou com a cooperação dos departamentos de crimes virtuais das polícias federais do Brasil, Estados Unidos e Holanda. Segundo a acusação, o esquema ainda tinha a participação do holandês Nordin Nasiri, de 19 anos.

O golpe, chamado de botnet, consiste em invadir milhares de computadores para controlá-los à distância. Em geral, os botnets são usados para enviar spams ou lançar ataques em outras máquinas.

Os donos dos computadores invadidos pelo botnet, chamados de zombies, geralmente não sabem que as máquinas estão infectadas. A dupla vendia o serviço por cerca de € 25 mil (R$ 59 mil), segundo a denúncia.

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