Pôr-do-sol

PF faz operação contra lavagem e evasão de divisas

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30 de junho de 2006, 7h00

Agentes da Receita Federal e da Polícia Federal deflagraram nesta quinta-feira (29/6), a operação Pôr-do-sol, de combate a lavagem de dinheiro e evasão fiscal. O esquema que queria encobrir dívidas fiscais de R$ 150 milhões no Paraná e em São Paulo, com ramificação recente em Manaus, era comandado por um grupo empresarial estabelecido em Curitiba, que tem o pôr-do-sol como principal marca de equipamentos esportivos e de lazer.

As ações também envolvem o Ministério Público, a Procuradoria da Fazenda Nacional e o Banco Central em uma investigação de mais de dois anos. Foram executados 20 mandados de busca e apreensão em São Paulo e Curitiba. A diligência atingiu residências, empresas suspeitas de fazer parte do esquema, escritórios de advocacia e a representação de um banco americano e um centro de operações de câmbio paralelo. A assessoria de imprensa da Receita não informou o nome do banco e da empresa envolvidos.

Em nota, a Receita diz que foram expedidos dez mandados de prisão temporária contra três empresários, três pessoas ligadas ao grupo empresarial com sede em Curitiba, dois auditores da Receita Federal, um doleiro e um consultor financeiro ligado à instituição bancária dos Estados Unidos.

A nota acrescenta que as investigações recaem sobre uma família uruguaia estabelecida no Paraná, que há pelo menos dez anos vinha cometendo atividades ilícitas, como descaminho de mercadoria, subfaturamento de importações, interposição fraudulenta, fraudes à execução fiscal e sonegação de tributos internos.

O grupo empresarial, detentor de um shopping center em Santa Catarina, também é acusado de crimes contra o sistema financeiro, câmbio e remessas internacionais ilegais, lavagem de dinheiro, ocultação de valores, aplicação de recursos não contabilizados e uso de empresas “laranjas” em transações com empresas off-shore uruguaias, além de outras irregularidades.

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