Portuários de Santos podem acabar greve em 24 horas
2 de abril de 2001, 0h00
A greve dos portuários de Santos pode acabar em 24 horas. O presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, Francisco Antônio de Oliveira, fez uma proposta conciliatória aos estivadores para a suspensão imediata da greve. Eles pediram o prazo para fazer assembléia e decidir sobre a paralisação que já dura há uma semana.
Oliveira também propôs o prazo de 30 dias para que os sindicatos e o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) discutam e definam o sistema de escalação. Nos 30 dias, os 24 escaladores do OGMO devem fazer a escalação.
Se os sindicatos aceitarem o fim da greve, o dissídio está suspenso. Caso contrário, o julgamento será na terça-feira (3/4), às 17h, pela Seção Especializada de Dissídios.
Continua em vigor a decisão da 6ª Vara do Trabalho de Santos em ação civil pública movida pelo MP. A liminar do presidente do TRT que fixa multa de R$ 50 mil por dia também continua valendo. A multa já está em R$ 200 mil por terem continuado a greve no sábado, domingo e segunda-feira.
Na audiência, o presidente do TRT disse que dissídio coletivo não existe para favorecer patrão ou empregado, mas para equilibrar suas relações. Ele lembrou que descumprimento a determinações judiciais é desserviço à democracia e ao estado de direito. O estivador Paulo Pereira da Silva, que participou da reunião, pediu ao MP que tivesse sensibilidade pelos trabalhadores que há 110 anos escalam trabalho no porto de Santos.
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