Cade quer ajuda do Judiciário na defesa da concorrência
4 de junho de 2013, 13h03
O presidente Cedes, João Grandino Rodas (foto), afirmou que a partir do encontro das decisões do Cade e da Justiça é que irão decantar qual será o direito anti-truste brasileiro "que será o mais justo, o mais apto a resolver as questões fundamentais para as quais exista, justamente o Direito Concorrencial".
Nino Toldo, desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), afirmou que o Judiciário tem papel relevante na efetivação da defesa da concorrência no Brasil, já que as decisões administrativas, por princípio constitucional, são passíveis de recorribilidade e suscetíveis a revisão. Ele destacou que a Constituição de 1988 estabelece como meta fundamental a construção de uma sociedade solidária que assegure existência digna a todos.
Ele acrescentou que “compete ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, cujo ator fundamental é o Cade, a promoção de uma economia competitiva, por meio de prevenção e da repressão de ações que possam limitar ou prejudicar a livre concorrência no Brasil. A defesa da livre iniciativa não visa proteger o concorrente individual, mas sim a coletividade que se beneficia da existência de um livre mercado ao proporcionar aos cidadãos preços mais justos e produtos de maior qualidade, diversificação e inovação”.
Promovido conjuntamente pelo Cade, Ajufe, Cedes e o Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF), o evento começou na segunda-feira (3/6) e segue até esta terça-feira (4/6) no auditório do CJF, em Brasília. O seminário tem como objetivo a troca de conhecimentos entre os técnicos do sistema de defesa da concorrência no Brasil e os magistrados que enfrentam processos judiciais com temas atinentes à Lei 12.529, que dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica.
Encontrou um erro? Avise nossa equipe!