Juiz aceita denúncia contra executivos por cartel em licitações da Petrobras
27 de outubro de 2019, 15h27
O juiz 13ª Vara Federal de Curitiba recebeu denúncia do Ministério Público Federal no Paraná contra executivos de empreiteiras por formação cartel para licitações da Petrobras.
O chamado “clube das empreiteiras” era composto por 11 executivos da OAS, Mendes Júnior, Engevix, Alusa e Galvão Engenharia.
De acordo com a denúncia, eles promoveram, entre 1998 e 2014, o controle do mercado de montagens e construção civil da Petrobras em diversos procedimentos licitatórios de obras. Eles são acusados de abuso do poder econômico e, segundo os procuradores, causaram dano aos cofres públicos que ultrapassa R$ 19 bilhões.
Conforme a denúncia, até 2014 as principais obras da Petrobras foram loteadas entre as maiores empreiteiras do país que se organizaram em um clube formado por 16 empresas: Odebrecht, UTC, OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Mendes Junior, Andrade Gutierez, Galvão Engenharia, Iesa, Engevix, Toyo Setal, Techint, Promon, MPE, Skanska e GDK S.A..
A denúncia aponta que outras seis empreiteiras que também participavam das fraudes (Alusa, Fidens, Jaraguá Equipamentos, Tomé Engenharia, Construcap e Carioca Engenharia).
Os executivos da Iesa e Queiroz Galvão já foram denunciados por esses crimes em outra ação, também em trâmite na 13ª Vara Federal de Curitiba.
A Andrade Gutierrez, a Camargo Correa, a Odebrecht, a Toyo Setal e a Carioca fizeram acordo de leniência com o MPF. Os dirigentes da UTC também celebraram acordo de delação premiada.
No despacho, de agosto, Bonat deixou de receber a denúncia contra Dario de Queiroz Galvão Filho e Leonel Vianna Neto, que firmaram acordo de delação e de leniência, respectivamente. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF.
Clique aqui para ler a decisão.
5028838-35.2018.404.7000
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