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CNMP veta oposição do MP à adoção com base em sexualidade ou gênero

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10 de agosto de 2023, 12h24

O Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público aprovou, nesta terça-feira (8/8), uma proposta de resolução que proíbe os membros do MP de apresentar manifestações contrárias a pedidos de habilitação de pretendentes e de adoção de crianças somente porque os pais ou as mães são homossexuais ou transgênero.

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Texto veda manifestações discriminatórias do MP em casos de adoçãoReprodução

O texto foi aprovado em sessão ordinária e seguirá para a Comissão de Acompanhamento Legislativo e Jurisprudência (Calj), que apresentará redação final caso entenda cabível. Então, a proposta será apresentada na sessão plenária seguinte, para homologação e consequente publicação.

A resolução sugerida busca garantir a igualdade de direitos e o combate a qualquer forma de discriminação à orientação sexual e à identidade de gênero.

A proposta, formulada pelos conselheiros Otavio Luiz Rodrigues Jr., Paulo Cezar dos Passos e Rogério Varela, foi aprovada nos termos do substitutivo apresentado pelo relator, Engels Muniz. Ele acatou sugestões do Conselho Federal da OAB e das Corregedorias-Gerais dos MPs do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.

Segundo Muniz, a ideia é apenas "uniformizar a atuação do Ministério Público brasileiro nesta seara". Para ele, defender a impossibilidade da adoção devido à identidade de gênero ou à orientação sexual "significaria negar a crianças e adolescentes o direito ao convívio familiar com base em fundamentos reconhecidamente inconstitucionais", pois "família é laço afetivo, é construção oriunda por amor e afeição, independentemente de este laço ser vivido por casais hétero ou homoafetivos". Com informações da assessoria de imprensa do CNMP.

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