Opinião

Inflação crescente: como a inovação jurídica pode auxiliar as organizações

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25 de abril de 2023, 18h28

O Banco Central aumentou a estimativa da inflação para 2023 e já antecipa uma possibilidade de estouro da meta.

Em um cenário onde a pressão sobre os custos sobe à medida em que a inflação corre em disparada, as organizações se questionam sobre como se manterem dentro do planejamento orçamentário.

Gesrey/Freepik
Gesrey/Freepik

Nesse contexto, os departamentos jurídicos têm um importantíssimo papel de atuarem como parceiros na construção de soluções alinhadas com o futuro do negócio.

Como já exposto no artigo escrito pelo head de inovação do Chenut, Bruno Mafra, "o posicionamento dos setores jurídicos tem mudado, deixando de lado a imagem de 'cemitério de ideias e projetos', para atuarem em conjunto com as áreas operacionais".

Se o valor dos insumos e o fluxo de oferta-demanda não podem ser controlados pelo jurídico, outros pontos essenciais e que impactam diretamente na saúde financeira das organizações podem ser otimizados através de medidas implementadas pelos departamentos jurídicos e de legal ops.

Abaixo pontuamos algumas situações vivenciadas em nossa rotina e que demonstram que o combo inovação + tecnologia + inteligência jurídica pode impactar custos e reduzir despesas nas organizações:

1. Tempo é dinheiro
E o valor acrescido à uma tarefa eleva os custos operacionais dos Departamentos.

Incorporar inteligência artificial para reduzir o tempo despendido em demandas repetitivas ou excessivamente operacionais colaboram com a otimização de fluxos internos e na redução de despesas.

Podemos citar como exemplo os chatbots jurídicos, os quais compilam as principais dificuldades trazidas pelas áreas operacionais e esclarecem de forma ágil dúvidas e geram impacto positivo na condução dos negócios.

As informações compartilhadas pelo bot são automatizadas de forma criteriosa, respeitando a legislação vigente e políticas internas, além de conduzir as respostas até determinado grau de risco, quando então a questão é remetida para uma avaliação mais completa do departamento jurídico.

2. Dedicar tempo ao que importa
Quanto do contingenciamento processual poderia ser evitado?

Muitas vezes, especialmente nas contingências cíveis e trabalhistas, a maior parte dos litígios estão atrelados à poucas causas raízes.

Quando os departamentos jurídicos têm uma visão clara dos pontos mais críticos e relevantes é possível adotar medidas que impactarão em savings relevantes para as companhias.

Um relatório automatizado, consistente e gerado preferenciado no formato de B.I. disponibiliza dados em tempo real dados para a tomada de decisão e permite a visualização dos pontos críticos para uma rápida intervenção.

3. Mapeie seus riscos
Evitar riscos que possam impactar no custo do negócio é essencial.

Nesse sentido as corporações têm se engajado cada vez mais em treinamentos envolvendo temas importantes, tais como: assédio moral e sexual, boas práticas de compliance, compliance na contratação com órgãos públicos, proteção de dados e incidentes de segurança.

Contudo, basta um único episódio de vazamento de dados, por exemplo, para acarretar um impacto financeiro imprevisto — sem mencionar as questões de imagem e criminais.

Portanto, é necessário mapear os pontos não absorvidos nos treinamentos para que sejam reforçados e, o mais importante, prezar pela plena absorção do conteúdo e da conduta a ser seguida.

A gamificação dos treinamentos é uma inovação que agrega consideravelmente o mapeamento dos pontos de risco referente a determinado tema. Através da interação da pessoa testada com o game, é possível fazer simulações de situações reais em um ambiente fictício para inferir os gaps do treinamento e desenhar estratégias para melhoria da comunicação sob determinados pontos sem que para isso a empresa precise passar por um incidente real.

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