ditadura da magreza

Vendedora submetida a pesagem e medições corporais deve ser indenizada

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25 de novembro de 2022, 7h53

Por constatar violação ao direito de intimidade, a 5ª Vara do Trabalho de Barueri (SP) condenou uma joalheria a indenizar em R$ 5 mil uma vendedora. A mulher era obrigada a passar por pesagem e medição de circunferências corporais.

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Gerente da loja pesava e media as vendedoras, de acordo com testemunhosPxHere

O programa da empresa, chamado "Balance and Elegance", buscava manter as empregadas da loja dentro de um padrão físico. As vendedoras eram compelidas a se manter magras para o exercício de suas atividades profissionais.

Uma testemunha convocada pela autora explicou que as medições eram feitas pela gerente da loja. A chefe alertava as funcionárias que os nomes de quem não aceitasse participar do programa seriam repassados à supervisora.

O juiz Laercio Lopes da Silva confirmou a irregularidade do procedimento, "eis que a composição corporal da autora em nada influenciava na atividade da reclamada".

Na mesma ação, o magistrado constatou descontos indevidos nas comissões da vendedora. Quando a venda ocorria de forma parcelada no cartão de crédito, havia um desconto de 15% na gratificação. Por isso, a joalheria também foi condenada a pagar a porcentagem abatida sobre o valor de 60% das comissões pagas à profissional. Com informações da assessoria de imprensa do TRT-2.

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Processo 1002139-29.2019.5.02.0205

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