Academia e operadores do Direito se mobilizam contra retrocesso democrático
Autor
21 de julho de 2022, 16h28
Os estudiosos e operadores do Direito começaram a se movimentar contra os retrocessos institucionais no país. Da união entre intelectuais ligados à Universidade de São Paulo e operadores de diferentes instâncias do Direito paulista resultou a reedição da Carta aos Brasileiros, lida originalmente por Goffredo da Silva Telles Júnior há 45 anos, em uma das viradas mais significativas da opinião pública em relação à ditadura civil-militar que vigorava no país.
Desta vez, o novo documento será lido em 11/8 pelo ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello.
Recentemente, um número histórico de instituições do Judiciário brasileiro manifestou sua oposição às declarações dadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em uma clara investida contra a confiabilidade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral nacional.
Diferentemente do que indicam os apoiadores do presidente, a intolerância diante de ataques ao Estado Democrático de Direito não presume o apoio direto ao candidato de oposição. Muito pelo contrário: o movimento aponta somente para o consenso de que não serão aceitos retrocessos no que diz respeito à democracia.
A organização foi costurada pelos advogados Roberto Vomero Mônaco, o Tatuí, e Flávio Bierrenbach (que já foi ministro do STM); pelo advogado e professor Gustavo Ungaro; pelo diretor da Faculdade de Direito da USP Celso Campilongo; pelos professores Ana Elisa Bechara, Floriano de Azevedo Marques Neto e Ignácio Poveda Velasco, da USP; pelos conselheiros do Tribunal de Contas de São Paulo Dimas Ramalho e Roque Citadini; pelo procurador de Contas Thiago Pinheiro Lima; e pelo juiz federal Ricardo de Castro Nascimento.
Veja as principais fotos da reunião:
Encontrou um erro? Avise nossa equipe!