Fórum Jurídico de Lisboa

"Computador não substitui juiz, mas o ajuda a ser mais ágil", diz ministro do STJ

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2 de julho de 2022, 18h01

Atualmente, mecanismos de inteligência dos tribunais permitem a busca e detecção de processos e temas iguais, o que ajuda os magistrados a buscarem a mesma solução e assim garantir segurança jurídica. "Não é que o computador vai substituir o juiz. Nunca. Mas ele vai ajudar o juiz a ser mais ágil", ressalta Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de Justiça

Gilmar Ferreira
Benedito Gonçalves, ministro do STJGilmar Ferreira

Ele esteve em Portugal nesta semana para participar do X Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

O ministro destacou o trabalho dos setores de tecnologia e informática dos tribunais — que não apenas vêm aplicando as soluções tecnológicas, como também promovendo estudos de aperfeiçoamento de seu uso para a jurisdição. De acordo com ele, isso ajuda o Judiciário a prestar seu serviço com efetividade

Gonçalves também ressaltou a lentidão da Justiça. Ele lembrou que a Emenda Constitucional 45/2004 "criou um direito fundamental de respeito à dignidade da pessoa humana como litigante" — ou seja, garantiu a todos que recorrem à Justiça o direito ao término do processo em prazo razoável. "A Constituição nao falou o que é prazo razoável. Mas nós sabemos o que não é razoável", pontuou o magistrado.

O X Fórum Jurídico de Lisboa contou com o apoio da FGV Conhecimento, do Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud), do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) e do escritório Décio Freire Advogados.

Clique aqui para assistir à entrevista ou veja abaixo:

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