Amazônia desmatada

Meta remove perfis falsos de militares que espalhavam desinformação ambiental

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7 de abril de 2022, 21h38

Nesta quinta-feira (7/4), a Meta, empresa responsável por Facebook e Instagram, informou a remoção de uma rede de contas e páginas responsáveis por compartilhar informações falsas sobre temas ambientais na Amazônia. Segundo a empresa, militares brasileiros estavam por trás dos perfis.

Agência Brasil
Publicações defendiam desmatamento
e também criticavam ambientalistasAgência Brasil

Foram removidas 14 contas e nove páginas do Facebook, além de 39 contas do Instagram. Cerca de 1.170 contas seguiam pelo menos uma dessas páginas e aproximadamente 23,6 mil seguiam pelo menos uma das contas do Instagram. De acordo com a Meta, a operação atingia pessoas em diversas redes sociais, como também o Twitter.

Os responsáveis escondiam suas identidades e interações por meio de perfis falsos, mas as investigações da Meta encontraram conexões com indivíduos associados às Forças Armadas.

A rede de desinformação foi identificada a partir de investigações sobre suspeitas de comportamentos inautênticos coordenados na região. A informação foi divulgada no relatório trimestral de ameaças da Meta.

De início, em 2020, as contas postavam memes sobre questões políticas e sociais, como reforma agrária e a crise da Covid-19. Após alguns meses, tais atividades foram abandonadas por falta de engajamento.

Já em 2021, foram criadas páginas falsas de ONGs e ativistas ambientais fictícios voltados à Amazônia. Os posts alegavam que nem todo desmatamento seria prejudicial e criticavam organizações ambientalistas.

Além de memes originais, eram replicados conteúdos da mídia tradicional e publicações do Greenpeace e de fotógrafos da natureza. Para a Meta, o intuito provavelmente era dar maior credibilidade às contas falsas. A operação chegou até a usar uma imagem de perfil gerada por meio de inteligência artificial.

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