FGV leva discussão sobre a Amazônia, em livro, para Lisboa
28 de outubro de 2021, 16h26
A Fundação Getulio Vargas lança, no dia 14 de novembro, às 17h, o livro Amazônia XXI, na Livraria da Travessa, em Lisboa, Portugal. A publicação reúne artigos diversificados que retratam a região amazônica a partir de uma visão contextualizada que perpassa aspectos ambientais, culturais, artísticos, educacionais, na ótica da sustentabilidade. Mostra o protagonismo central do bioma e sua função no desenvolvimento socioeconômico nacional.
Com vasta área tropical natural, a Amazônia é um ambiente extremamente complexo e dinâmico. A bacia hidrográfica é composta por uma variedade de paisagens e ecossistemas, que incluem não apenas as florestas tropicais úmidas, florestas inundadas ou várzeas, como também savanas e uma rede intrincada de rios, lagos e igarapés.
Do ponto de vista geopolítico, a Amazônia Internacional ou a Pan-Amazônia abrange partes do território de oito países além do Brasil. No âmbito nacional, a Amazônia inclui dez estados cujos municípios responderam por 8,6 % do PIB brasileiro em 2016.
A importância do bioma para o planeta é incalculável. São 350 trilhões de árvores — cerca de 45 árvores para cada habitante do mundo — nas quais são estocadas ao menos 80 bilhões de toneladas de carbono. É fonte de matérias-primas alimentares, florestais, medicinais e minerais. Essa é a Amazônia que inspira o orgulho nacional, as artes e a ciência no país.
Sob organização do crítico de arte Paulo Herkenhoff e da arquiteta Silvia Finguerut, coordenadores da FGV Conhecimento, os quinze artigos de diferentes especialistas que compõem o livro Amazônia XXI suscitam reflexões a partir de desafios e ameaças relacionadas ao bioma, aspectos institucionais, propostas da bioeconomia, da atuação da sociedade civil no apoio à preservação e ao monitoramento da Amazônia, de urgências dos povos indígenas e da riqueza da produção cultural e artística local.
Amazônia XXI inclui depoimento de um dos integrantes do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) que recebeu o prestigiado Prêmio Nobel da Paz em 2007, o cientista Carlos Nobre, que retoma sua tese, a da Amazônia 4.0, para propor o desenvolvimento da economia no bioma e sinalizar o enorme potencial dos ativos naturais amazônicos. O climatologista traz, ainda, alertas sobre a degradação na floresta e os impactos ocasionados pela ação humana.
A publicação conta, ainda, com cerca de 180 imagens, entre fotografias e reproduções de documentos e obras de arte, reunidas a partir de um meticuloso processo de curadoria somado a pesquisas que delineiam o pungente cenário artístico que constrói a visualidade amazônica contemporânea.
Na semana do lançamento do livro Amazônia XXI, em Lisboa, ocorrem ainda três importantes eventos que marcam a presença do Brasil em Portugal: o Seminário Internacional de 25 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dia 11 de novembro; o Seminário do Senado Federal que debaterá temas como sustentabilidade e economia criativa da Amazônia, dia 12 de novembro; e, por último, o IX Fórum Jurídico de Lisboa, que anualmente traz à tona debates fundamentais sobre o Direito Constitucional contemporâneo a partir do diálogo entre os sistemas jurídicos português e brasileiro.
Este ano, o Fórum será realizado presencialmente, com transmissão online, nos dias 15, 16 e 17 de novembro, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, fruto da parceria entre o Instituto de Ciências Jurídico-Políticas e o Centro de Investigação de Direito Público da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (ICJP/CIDP), o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e a Fundação Getulio Vargas, por meio do Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário da FGV Conhecimento (FGV/CIAPJ).
O evento também contará com o lançamento de outras publicações que fomentam um importante espaço de debate acadêmico a partir da divulgação de trabalhos apresentados e desenvolvidos por grupos de pesquisa no eixo Brasil-Portugal.
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