"problemas de conexão"

Advogado participa de audiências virtuais direto da cela de seu cliente

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13 de maio de 2021, 21h25

Para participar de três audiências virtuais, o advogado Eduardo Dias Durante precisou ficar dentro da cela de seu cliente na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR). O uso de sala específica para audiências foi impedido devido a supostos problemas de conexão.

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Fuminho (esquerda) e Eduardo Dias Durante durante uma das audiências dentro da cela Reprodução

O advogado defende Fuminho, um homem apontado como grande narcotraficante internacional e acusado de ordenar a execução de dois líderes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu em 2018, em uma reserva indígena de Aquiraz (CE). As informações são do portal Vade News.

Ao site, Eduardo informou que cinco promotores participaram da teleaudiência, todos de casa. A ação penal é presidida por um colegiado de três juízes, dos quais dois participaram em ambiente domiciliar, enquanto o terceiro estava em um escritório.

O advogado também relatou que havia outras várias salas na penitenciária que poderiam ter sido usadas. A sala própria para audiência pôde ser usada em apenas uma ocasião por Eduardo. Em uma das sessões, ele chegou a mostrar a cela trancada por meio da webcam, para demonstrar o atendimento fornecido à defesa.

Fuminho e os outros nove réus da ação ainda não foram interrogados. Até o momento, apenas acompanham as videoconferências de depoimentos de testemunhas.

As vítimas foram mortas por desviarem dinheiro do PCC. Fuminho nega ligação com o duplo homicídio. Ele ficou foragido por 21 anos, após fugir da Casa de Detenção de São Paulo em 1999, e foi capturado no último ano em Moçambique. O Ministério da Justiça e Segurança Pública o descreve como o maior fornecedor de cocaína ao PCC, atuante ainda em diversos outros países.

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