Delegado da PF extrapolou laudo técnico ao contestar diálogos, avaliam peritos
15 de abril de 2021, 21h06
Peritos da Polícia Federal consideraram que a interpretação do delegado Felipe de Alcântara de Barros Leal, ex-chefe do setor de inquéritos que deveria apurar se membros do Ministério Público Federal no Paraná investigaram ilegalmente ministros do Superior Tribunal de Justiça, teria "extrapolado" o laudo pericial, ao informar que as mensagens interceptadas pelo hacker Walter Delgatti Neto não eram autênticas.
Segundo o jornal O Globo, o ofício gerou mal-estar dentro da perícia da PF. A avaliação é de que Leal tomou os diálogos como falsos apesar de o laudo pericial jamais sustentar essa tese.
Os peritos dizem acreditar que existiam técnicas possíveis para verificar, por exemplo, a autenticidade de arquivos de áudios, vídeos e documentos que integravam os diálogos. Também entendem que o delegado poderia ter pedido análises complementares sobre algum ponto específico para permitiria aprofundar a verificação da autenticidade de certos arquivos, ou buscar a fonte original dos arquivos.
Em nota enviada nesta quarta-feira (14/4) à ConJur, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais ressaltou que o documento informava não ter sido possível atestar a integridade ou a autenticidade, o que "não se confunde com a determinação de inautenticidade, no todo ou em parte, dos dados".
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