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O sistema político brasileiro potencializa o mal, diz Barroso

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28 de março de 2020, 8h40

Spacca

Facilitar a governabilidade, aumentar a representatividade para que o eleitor e o político eleito se identifiquem melhor e baratear os custos das eleições. São esses os ideais do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que assume em maio a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral.

Em entrevista exclusiva à TV ConJur, no último dia 10, o ministro propõe uma reforma do sistema eleitoral que seja capaz de reduzir o descolamento entre a classe política e a sociedade.

"Acho que temos um sistema eleitoral muito ruim, que extrai o pior das pessoas. Todos têm em si o bem e o mal. É da condição humana. O processo civilizatório existe para que as pessoas reprimam o mal e potencializem o bem. Acho que o sistema político brasileiro em muitos momentos faz exatamente o contrário: ele reprime o bem e potencializa o mal. É um sistema muito caro, de baixa representatividade e que dificulta a governabilidade", diz.

O ministro explicou quais propostas poderiam elevar o nível do debate político brasileiro, e diz esperar que o Congresso se empenhe nessa reforma. "Tabulamos tudo de bom que já tinha sido aprovado no Senado e adaptamos com algumas modificações, e apresentamos uma proposta ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia [DEM-RJ], que disse que ia se empenhar pela tramitação do projeto."

Desde o último dia 18 a TV ConJur veicula em seu canal no YouTube trechos da entrevista exclusiva concedida à revista eletrônica Consultor Jurídico, no último dia 10.

Leia aqui e aqui as entrevistas já publicadas e veja abaixo o quarto vídeo da série:

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