A permanência de Ricardo Salles no cargo de ministro do Meio Ambiente pode gerar ações nocivas, com resultados irreversíveis. É o que sustenta o Ministério Público Federal, que pediu mais uma vez o afastamento do ministro da pasta.

José Cruz/Agência Brasil
Em agravo desta sexta-feira (11/12), os procuradores pedem que seja reconsiderada a decisão que negou o afastamento cautelar ou submissão do recurso a julgamento pelo órgão colegiado competente.
No último dia 24, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1a Região, negou o afastamento por entender que seria medida excepcional e por falta de provas de que a permanência do ministro no cargo comprometeria a instrução processual.
Para o MPF, porém, a manutenção de Salles no cargo pode tornar inútil o juízo de procedência da ação de improbidade, dado o caráter deletério de sua gestão à frente da pasta.
De acordo com o MPF, uma série de atos do ministro que evidenciam um verdadeiro desmonte de políticas ambientais. As ações repetidas e articuladas de Salles para fragilizar as estruturas de proteção ao meio ambiente foram enumeradas em: desestruturação normativa; desestruturação de órgãos de transparência e participação; desestruturação orçamentária; e desestruturação fiscalizatória. Para o MPF, o pedido de afastamento cautelar deve ser analisado como “verdadeira expressão do poder geral de cautela”.
O procurador regional da República Ubiratan Cazetta afirma que, embora garantido o exercício da ampla defesa e do contraditório, não impede que o Poder Judiciário, na análise dos fatos, identifique a necessidade de medidas para evitar a repetida perpetuação de atos.
Para ele, deve ser reconhecido que, a partir da constatação de “indícios suficientes da ação deletéria do agente a quem se imputa o ato de improbidade, também tal fato poderá ser justificativa para o afastamento cautelar do requerido”. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF.
Clique aqui para ler o pedido
Processo 1037665-52.2020.4.01.3400
Comentários de leitores
1 comentário
Ricardo Salles & Meio Ambiente.
Rafael Custodio da Silva Araújo (Outros)
Senhores vamos enxergar um motorista que não saiba conduzir um veículo pesado, exemplo, uma carreta com dois eixos moveis. É assim o ministro do meio ambiente, ele causa prejuízo ao meio ambiente e a todos nós que necessitamos da preservação do meio ambiente. É um direito difuso, de todos os brasileiros, sendo ferido por um capricho e ambição desse cidadão. O que é que está havendo com a câmara dos deputados, aonde está a bancada do meio ambiente, não existe? Entrar com um pedido de impedimento do gargo desse ministro é a solução. Será que sou eu que vou fazer esse pedido por inercia dos parlamentares lá no congresso brasileiro.
Comentários encerrados em 21/12/2020.
A seção de comentários de cada texto é encerrada 7 dias após a data da sua publicação.