Convicções passadas

Nova empregadora de Moro disse em 2017 que tríplex não era de Lula

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2 de dezembro de 2020, 17h33

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Atual empregadora de Moro forneceu prova  de que o tríplex do Guarujá era da OAS
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Quando era o juiz encarregado dos casos da autointitulada operação "lava jato", Sergio Moro ignorou uma prova apresentada pela defesa do ex-presidente Lula sobre a propriedade do tríplex do Guarujá, no litoral paulista.

Segundo informação levantada pelo colunista da Folha da S.Paulo e âncora da Band News FM, Reinaldo Azevedo, a defesa do ex-presidente enviou ao então juiz, no dia 19 de abril de 2017, dois documentos que demonstravam que o imóvel cuja propriedade era atribuída ao petista e provocou sua condenação não o pertencia.

Para a Alvarez & Marsal — consultoria com vários clientes ligados aos casos do consórcio de Curitiba e atual empregadora do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública —, o tríplex pertencia à empreiteira OAS.

O então juiz não considerou a prova apresentada pela A&M e julgou que o apartamento, de fato, pertencia a Lula.

A ida de Moro para Alvarez and Marsal levantou uma série de questionamentos éticos na comunidade jurídica. Apesar de o ex-juiz alegar que a natureza de sua nova função não está relacionada a advocacia, o Conselho Federal da OAB vai intimá-lo para que ele explique suas atividades.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) protocolou pedido para que a PGR investigasse a incursão do ex-juiz da ‘lava jato’ na iniciativa privada.

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