Por falta de tempo, Cármen suspende análise de denúncia contra Renan
19 de novembro de 2019, 17h10
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu nesta terça-feira (19/11) um julgamento que analisa se o senador Renan Calheiros poderá se tornar réu, mais uma vez, por lavagem de dinheiro e corrupção relacionados à Transpetro.
Presidente da 2ª Turma, a ministra propôs a suspensão após alegar "falta de tempo" para os ministros votarem. O senador foi representado pelo advogado Luis Henrique Machado.
O procurador Juliano Baiocchi se manifestou pelo recebimento da denúncia.
Caso
Em 2017, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou os senadores do PMDB Renan Calheiros, Garibaldi Alves, Romero Jucá e Valdir Raupp, o ex-presidente do Senado José Sarney, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, os administradores da NM Engenharia e da NM Serviços Luiz Maramaldo e Nelson Cortonesi Maramaldo e o executivo Fernando Reis, da Odebrecht Ambiental.
Segundo a denúncia, os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro foram cometidos entre 2008 e 2012. Para o MPF, os senadores e o ex-presidente do Senado, solicitaram, em razão de seus cargos, vantagem indevida ao então presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Para ocultar e dissimular a natureza do dinheiro, os senadores e o presidente da Transpetro ajustaram o pagamento da vantagem indevida por meio de doação efetivada a diretórios estaduais e municipais do PMDB, indicados pelos políticos.
Para viabilizar os pagamentos, Sérgio Machado solicitou aos administradores a operação, via doação oficial a diretórios.
Inq 4.215
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