Papel dos juízes

Poder Judiciário deve ser contramajoritário, não seguir vozes das ruas

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3 de julho de 2019, 18h47

O Poder Judiciário deve ser contramajoritário e não pode agir de acordo com vozes das ruas. Caso contrário, existe a chance do direitos constitucionais serem feridos. A opinião é de Kenarik Boujikian, desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Kenarik foi categórica ao dizer que os três poderes estão em dívida com a população brasileira, principalmente na defesa dos vulneráveis. Ao falar do sistema prisional, ela concorda que "prende-se muito e mal" no país e critica o poder estatal que é, segundo ela, "um nicho que produz grandes violações de direitos humanos".

Durante entrevista ao programa Jusbrasil Entrevista, parceria da ConJur com o site Jusbrasil, a magistrada relembra o início de sua carreira, o processo administrativo movido contra si e frisa a importância de combater discursos de ódio.

Com quase 30 anos de carreira, Kenarik anunciou aposentadoria em março deste ano. Nascida na Síria e neta de sobreviventes do Genocídio Armênio, a magistrada é especialista em Direitos Humanos pela Escola Superior da Procuradoria Geral de São Paulo. Foi presidente da Associação dos Juízes pela Democracia (AJD), tendo iniciado a carreira como advogada da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) e procuradora do Estado. 

Veja a entrevista completa abaixo:

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