Duplicador forense

Supremo vai comprar aparelho para reforçar segurança de provas

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21 de agosto de 2019, 14h03

O Supremo Tribunal Federal abriu edital para comprar aparelhos que fazem a duplicação de arquivos de mídia. Na prática, o "duplicador forense" ajuda a preservar a cadeia de custódia de provas, já que consegue guardar uma cópia idêntica do disco rígido — que é onde todos os arquivos são salvos no computador.

Rosinei Coutinho/SCO/STF
Supremo espera agilizar uploads e garantir a autenticidade de documentos
Rosinei Coutinho/SCO/STF

O pregão eletrônico 19/2019 foi aberto no dia 5/8 e estimava o gasto de R$ 79,5 mil em dois aparelhos. À ConJur, a Corte informou que a necessidade dos duplicadores surgiu com os processos da operação "lava jato", cujos primeiros casos apareceram em 2014.

"A PGR encaminha muitas mídias com mais de um terabyte de provas e nossos equipamentos demoravam mais de uma semana para fazer o upload desses documentos no nosso sistema", explicou a assessoria de imprensa do STF. Além disso, a Corte informou que fez um estudo para adquirir os aparelhos antes de 2019, o que afasta a hipótese de que o duplicador seria usado para o inquérito que investiga fake news contra ministros.

O duplicador forense já é usado pelas polícias, pelo Ministério Público Federal e alguns estaduais, órgãos que tocam inquéritos. 

Licitação
No site do pregão, duas empresas questionaram o Supremo sobre a licitação. Uma delas chama atenção porque pergunta quais marcas foram cotadas, porque estava "bem complicado achar uma fábrica que atenda o descritivo integralmente". Em resposta, o STF apontou que a marca Tableau atendia às especificações do edital.

Já no dia 5 foi aceita e habilitada a empresa TechBiz Forense Digital, que apresentou a marca Tableau com lance de R$ 67,5 mil. O primeiro lugar foi desqualificado por não atender às especificações técnicas.

Clique aqui para ler o edital.

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