"saciando a lascívia"

MP-SP afirma que vereadores foram a prostíbulo com dinheiro público

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7 de novembro de 2018, 6h37

Uma noitada de vereadores do interior paulista em um prostíbulo da capital, bancada pelo dinheiro público. O Ministério Público de São Paulo alega que foi exatamente isso que ocorreu nos dias 27 de junho de 2017 e 13 de junho deste ano com cinco políticos de Iacanga. 

Os vereadores afirmam ter ido à capital paulista para missão oficial na Assembleia Legislativa. Ao fazerem os 376 quilômetros de volta para Iacanga, apresentaram comprovantes de despesas para que a Câmara os reembolsasse. Um deles era do "Bomboa", que ninguém suspeitou ser mais que um restaurante.  

Ao analisar as contas, o poder público entendeu que o pedido de reembolso não se encaixava nas situações que a lei exige e pediu que os vereadores detalhassem os gastos por escrito. Neste momento, os políticos tentaram fazer com que o pedido fosse esquecido — e até deram dinheiro pelas despesas. 

"Esse inusitado comportamento chamou a atenção do sistema de controle interno da Câmara Municipal e justificou uma análise mais atenta da despesa. Foi assim que se descobriu a imoralidade", afirma o MP na denúncia por improbidade administrativa. 

Os promotores dizem que uma simples busca na internet demonstrou que o local não é apenas um restaurante. Os anúncios sugerem ser um prostíbulo, e os comentários em diversas publicações confirmam isso. 

"No caso em questão, a imoralidade e ousadia saltam aos olhos. Justamente em viagens oficiais, custeadas pelo erário e supostamente feitas em benefício da população, os requeridos decidiram gastar dinheiro público para a satisfação da lascívia", afirma o MP-SP, que pede que os políticos paguem multa de R$ 20 mil cada um.  

Clique aqui para ler a denúncia. 

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