Igualdade de gêneros gera maior produtividade, afirmam sócias de bancas
25 de outubro de 2017, 8h28
Tathiane Piscitelli, professora de Direito na Fundação Getulio Vargas de São Paulo, apresentou o cenário:
- mulheres representam 33% dos doutorandos em Direito;
- uma doutora em Direito recebe apenas 77% da remuneração de um doutor;
- em sociedades de advocacia com mais de 50 sócios, 2/3 são homens;
- mulheres correspondem a 37% da magistratura;
- mulheres representam 30% do corpo docente do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários e da escola de Direito da Fundação Getulio Vargas (GV Law);
- em toda a sua história desde a fundação, em 1827, a São Francisco, Faculdade de Direito da USP, teve apenas uma mulher como professora do departamento de Direito Tributário e Direito Processual.
A professora afirma que o caminho para mudar esse cenário é, em primeiro lugar, a exposição. "É necessário que esses dados sejam mostrados e o debate aconteça, para que as mulheres possam ter o mesmo espaço e remuneração que os homens."
Mediadora do debate, Alessandra Debbio, diretora jurídica da Microsoft Brasil, afirmou que a gestão que olha para a diversidade gera um faturamento até 15% maior que as outras.
Geração e gênero
Sócia do Tozzini Freire Advogados, Ludmilla Leite Groch relatou que a essa diferença de gênero vem diminuindo na banca. Na faixa acima de 45 anos, os homens representam mais de 60% dos sócios. Mas até essa idade são 53%.
"A experiência mostra que isso só muda com ações que venham de cima para baixo. Não adianta pensar nisso, falar no cafezinho. É preciso que os sócios joguem luz sobre esse problema e busquem soluções. No escritório já constatamos que a diversidade gera maior criatividade e produtividade", afirma.
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