"Lava jato"

Escritório de advogado ligado a Renan Calheiros é alvo de busca e apreensão

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28 de abril de 2017, 11h44

O escritório do advogado Bruno Mendes, ligado ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), foi alvo de busca e apreensão nesta sexta-feira (28/4). Além deste mandado, a Polícia Federal cumpriu ainda outras nove ordens de busca e apreensão autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. 

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o objetivo da operação é coletar provas de crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa, entre outros, em investigações relacionadas a desvio de recursos na Transpetro. Bruno Mendes aparece em um conversa que foi gravada pelo ex-presidente da Transpetro e um dos delatores da "lava jato" Sérgio Machado.

Segundo a defesa de Bruno Mendes, que foi assessor parlamentar do senador, a operação não localizou, identificou ou apreendeu nenhum objeto de valor que pudesse aparentar origem suspeita ou resultado de conduta ilícita. "Basicamente foram recolhidas cópias relativas à defesa de clientes, rascunhos de discursos e cartões de visita", afirmou o advogado Luís Henrique Machado, do Machado Ramos & Von Glehn Advogados.

O advogado disse ainda que um pedido de natureza semelhante já havia sido negado pelo ministro Teori Zavascki no ano passado. Isso porque, explicou, não existia qualquer indício ou notícia de prática ilícita.

Luís Henrique Machado ressaltou que a ordem foi cumprida de maneira respeitosa pelo delegado Marlon Cajado, sem violar qualquer prerrogativa da advocacia. "O ministro Edson Fachin ressaltou no mandado que fosse respeitado o Estatuto da OAB e o doutor Cajado foi extremamente cauteloso com isso", frisou.

AC 4.314

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