Queima de arquivo

Inglaterra começa a investigar morte de espião russo que traiu o governo de Putin

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27 de janeiro de 2015, 12h45

Foram necessários pouco mais de oito anos e um empurrão da Justiça, mas finalmente a Inglaterra tomou coragem. Nesta terça-feira (27/1), começou a investigação sobre a morte do espião russo Alexander Litvinenko, em novembro de 2006. Litvinenko foi envenenado em Londres, depois de ter fugido da Rússia e conseguido asilo em solo britânico. Ele morreu acusando o presidente Vladimir Putin de ser o responsável pela sua morte.

O inquérito pode azedar de uma vez o relacionamento entre os dois países. O governo britânico já tinha admitido que, entre os motivos de não investigar o envolvimento de Putin no envenenamento de Litvinenko, estava o mal estar que isso geraria com a Rússia. Marina Litvinenko, a viúva, recorreu à Justiça e conseguiu, no começo do ano passado, uma ordem judicial determinando a abertura do inquérito.

De acordo com notícia do jornal britânico The Guardian, o primeiro dia de investigação já está sendo bem movimentado. Os primeiros relatos dão conta de que Litvinenko já tinha sofrido uma tentativa de envenenamento por seus ex-colegas da KGB semanas antes do envenenamento fatal. Até o fim dos seus dias, ela também teria sustentado que Putin foi quem ordenou sua morte.

Litvinenko trabalhava para o serviço secreto russo. Ele teria desistido da função quando foi ordenado que matasse o empresário Boris Berezovsky. Em 1998, o espião denunciou corrupção dentro da KGB e passou a ser perseguido pelo governo russo, até fugir para Inglaterra e conseguir asilo. Litvinenko adoeceu pouco depois de se reunir, em Londres, com ex-colegas da KGB. No hospital, foi constatado o envenenamento por substância radioativa.

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