Especialistas afirmam a investidores que Brasil tem segurança jurídica
10 de novembro de 2014, 15h05
Apesar de o momento econômico não ser dos melhores, Fortes destacou: “Temos segurança jurídica, respeito aos contratos, às leis e às decisões judiciais. É só lembrarmos: recentemente o Supremo Tribunal Federal mandou prender ex-ministros. A Justiça pode ser lenta, mas funciona.”
Representantes de empresa francesas com presença no Brasil contaram como foi para se instalar no país. O diretor jurídico da Renault, Joaquim Martins, explicou que a legislação tributária é um grande entrave: “O Brasil não é para amadores. É muito fácil perder dinheiro se não houver o acompanhamento adequado. A empresa que quer se instalar no Brasil deve se apoiar em escritórios de advocacia competentes e em empresas de contabilidade”, destacou. A companhia conta hoje com mais de 7 mil funcionários nas suas unidades brasileiras.
Para Grégoire Balasko Orelio, presidente da PBA Capital, vale a pena investir no mercado brasileiro, apesar do chamado custo Brasil. “O Brasil é uma terra de oportunidades. Se chegamos com projetos bem montados e se nos rodeamos de pessoas de pessoas certas, a possibilidade de crescimento é grande. No meu ponto de vista o custo Brasil é elevado, mas é algo que incide da mesma forma sobre todas as empresas. Penso que a maior dificuldade no Brasil, e aconselho a todos ficarem atentos, são os riscos de fraude, de corrupção, sobretudo para as empresas que podem ter contato com o governo. Por isso aconselho os investidores estrangeiros a escolherem as pessoas certas, buscarem conselhos junto a pessoas confiáveis.”
Regis Dubrule, diretor-fundador da Tok & Stok abordou a guerra fiscal entre os estados. Atualmente, a empresa tem 42 lojas em 13 unidades da Federação. “Alguns caminhões são detidos nas divisas dos estados. Sempre ficamos em dúvida quanto ao recolhimento do imposto, se na origem ou no destino”, afirmou.
Essa é a primeira vez que o Campus Internacional — nesta terceira edição, rebatizado de Campus Brasil — acontece na América. O evento é promovido com o apoio da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil. Mais de 300 pessoas estão participando dos debates, que seguem até esta terça-feira (11/11), no Copacabana Palace.
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