Luto na política

Edição extra do Diário Oficial decreta luto pela morte de Eduardo Campos

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13 de agosto de 2014, 15h01

O Planalto decretou luto oficial pela morte de Eduardo Campos (PSB-PE), candidato à presidência que morreu na manhã desta quarta-feira (13/8) em um acidente aéreo em Santos (SP). O decreto, assinado pela presidente Dilma Rousseff (PT), foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União e fixa três dias de luto em todo o país.

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Coêlho, divulgou nota lamentando a morte de Campos (foto). Para ele, “o Brasil perde um grande homem público, um estadista, alguém dedicado à causa de servir ao próximo” e “dono de um diálogo aberto, fraterno e franco com a advocacia”.

O presidente da OAB de Pernambuco, Pedro Henrique Reynaldo Alves, anunciou ter cancelado toda a agenda de eventos do dia. “Pernambuco perde um grande líder político, de dimensão nacional, que muito contribuiu para o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco”, declarou em nota.

Texto divulgado pela OAB do Rio de Janeiro afirma que Campos “esteve sempre alinhado aos valores do Estado Democrático de Direito, da cidadania e das causas sociais”. “Sua morte deixa uma lacuna na política brasileira”, afirma o presidente da seccional fluminense, Felipe Santa Cruz.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também emitiu nota, dizendo que "lamenta profundamente e manifesta solidariedade aos amigos e familiares do candidato".

Assim também o fez o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. "Foi com profundo pesar que recebi a notícia do falecimento", afirmou em nota. "O Brasil perde hoje um homem público dedicado, defensor intransigente da democracia e de uma sociedade mais justa e fraterna. Neste momento de dor, transmito meus sentimentos aos familiares de Eduardo Campos e de todas as vítimas dessa tragédia."

“Eduardo Campos contribuiu para o fortalecimento do debate democrático com uma profícua vida dedicada à atividade política”, afirmou, em nota, o procurador-geral de Justiça do estado de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa.

O ministro Felix Fischer, presidente do Superior Tribunal de Justiça, também publicou nota lamentando o acidente."Em seu próprio nome e em nome do tribunal, [o presidente] manifesta, com sentimentos de pesar, condolências à família enlutada."

O Tribunal Superior do Trabalho, em nome da Justiça do Trabalho, também se solidarizou com familiares de Campos e dos demais mortos. "O presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro Barros Levenhagen, manifesta pesar pelo acidente aéreo", diz nota divulgada pelo site da corte.

Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, lamentou o ocorrido. “Hoje é um dia muito triste”, afirmou o ministro. “O Tribunal Superior Eleitoral apresenta sua nota de pesar aos familiares e, em especial, a Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), mãe do candidato Eduardo Campos, à sua esposa Renata, aos filhos e, enfim, a todos familiares daqueles que foram vítimas dessa tragédia no dia de hoje”.

Perguntado sobre a substituição de Campos na chapa da coligação encabeçada pelo PSB para concorrer à Presidência da República, o ministro afirmou que “a lei eleitoral prevê, em tais hipóteses, a possibilidade de substituição, em dez dias, da candidatura”.

O Superior Tribunal Militar, também em nota, elogiou a trajetória do político. "A vida política do país perde um grande homem, descendente de uma linhagem de lutadores que muito fizeram pela história do Brasil. Sua trajetória política revelou uma pessoa capaz de dialogar com todos os setores da sociedade e com as diversas linhas de pensamento político e social". E lembrou de seu avô, que também morreu num dia 13 de agosto. "A importância do trabalho que Campos desenvolveu em seu estado, onde seu avô Miguel Arraes sempre foi um ícone, pode ser lembrada pela resultado da última eleição, quando ele foi o governador mais votado do Brasil, obtendo 80% dos votos válidos no primeiro turno."

A nota continua: "Pai de cinco filhos, Eduardo Campos também dignificou a figura hoje tão cara à construção de uma sociedade mais equilibrada, com referências sólidas que são tão importantes para a educação de nossas crianças. Neste momento de dor, quero transmitir meus sentimentos, e em nome da Justiça Militar da União, à mãe Ana Arraes e aos familiares de Eduardo Campos", encerrou a presidente do STM, ministra Maria Elizabeth Rocha, que estendeu as condolências aos familiares dos demais mortos no acidente. 

O Tribunal de Justiça do Paraná decretou luto oficial de três dias. O de Pernambuco, publicou nota: "É com extremo pesar que o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco recebe a notícia da morte do Governador Eduardo Campos, unindo-se à dor dos pernambucanos pela perda de um de seus mais valorosos conterrâneos, que soube encarnar como poucos o espírito de bravura e patriotismo do povo de nosso Estado". A corte cancelou cerimônia de posse dos desembargadores Carlos Frederico Gonçalves de Moraes, Eudes dos Prazeres França e Fábio Eugênio Dantas de Oliveira Lima, que ocorreria nesta quarta-feira, data em que o tribunal completou 192 anos.

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