EUA fazem escutas ilegais desde os anos 1980
9 de julho de 2013, 19h18
Isso foi em 1985, quando a internet era uma rede acadêmica restrita e a privacidade das pessoas e das nações um bem, aparentemente, mais preservado. Hoje, como revelou o jornal O Globo, as coisas estão bem diferentes (leia a reportagem sobre o esquema de arapongagem dos Estados Unidos no Brasil).
Na ocasião, nem o Palácio do Planalto, nem o Serviço Nacional de Informações, o Itamaraty ou a Polícia Federal quiseram se manifestar sobre a flagrante infração à Convenção de Genebra: a de promover escutas dentro de um país sem autorização formal do governo desse país. Autorização formal não existia, mas a permissão parecia tácita naquele momento — já que o governo brasileiro, taticamente, evitou o vespeiro.
As revelações do ex-agente da CIA, a central de inteligência dos Estados Unidos, Edward Snowden, mostram que a prática americana de espionar todo mundo, continua mais intensa do que nunca. Segundo Snowden, o governo dos Estados Unidos, em conluio com as empresas de telecomunicações, monitora as comunicações telefônicas e telemáticas de milhões de cidadãos americanos e estrangeiros. Mas os métodos mudaram. As antenas que ornamentavam o teto do prédio da embaixada americana em Brasília desapareceram, como se pode ver numa imagem recente do Google:
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