Aos 70 anos, Aasp recebe homenagens e relembra histórias
3 de dezembro de 2013, 10h21
No ano em que comemora seu septuagésimo aniversário, a Associação dos Advogados de São Paulo ganhou homenagem da Câmara dos Vereadores do município de São Paulo. Para o evento, que ocorreu na sede da associação, o convite trazia o timbre da Câmara e o nome do vereador Marco Aurélio Cunha como o responsável pela iniciativa. Ele, que como funcionário e conselheiro do São Paulo Futebol Clube conviveu com advogados ilustres na presidência do clube — como Henri Couri Aidar, José Eduardo Mesquita Pimenta e Marcelo Portugal Gouvêa —, presidiu a mesa na sessão solene de entrega de salva de prata no dia 26 de novembro, às 19h. O vereador afirmou que, pela importância da Aasp, a cidade de São Paulo representada pela Câmara deveria comemorar a data com a entidade.
O clima era de comemoração. Sérgio Rosenthal caracterizou a associação como uma grande prestadora de serviços para os advogados e “indispensável” para os profissionais que militam diariamente. A Aasp oferece desde galpões para que o advogado possa armazenar seus processos até ajuda integral nos trabalhos com o processo eletrônico. Nesse último, o associado conta com uma central de apoio por meio da qual consegue digitalizar o documento, acessar as informações disponibilizadas no site da associação e até ser informado por telefone por meio do SOS processo digital da Aasp.
Ainda na sala de reunião, o 1º Secretário Arystóbulo de Oliveira Freitas disse que a entidade está marcando presença no dia a dia do advogado. Segundo ele, há uma dificuldade de advogar no interior do estado porque o profissional que briga com o juiz sofre retaliação. Por isso, precisa ter alguma instituição, além da Ordem dos Advogados, que cuida das prerrogativas, que possa dar suporte para esses profissionais. O secretário afirmou que é comum juízes perguntarem o nome do advogado que fez a reclamação e a resposta da Aasp é que o advogado é um associado e merece proteção. “O advogado apresenta uma reclamação e nós vamos lá representá-lo”.
No elevador, indo para o auditório onde aconteceu a cerimônia, Marco Aurélio Cunha lembrava os tempos de colégio junto com Alberto Gosson Jorge Junior e Luiz Carlos Moro. O vereador e o diretor da Aasp estudaram juntos desde a 1ª série no Colégio Dante Alighieri e eram, nas palavras de Cunha, “precoces”.
O vereador — irmão do advogado trabalhista Sólon de Almeida Cunha, sócio do escritório Machado Meyer Advogados — com a sala de eventos lotada, citou a necessidade de mistura entre os setores e somou essa falta de coesão à baixa aprovação de “certas leis inteligentes”.
Dividiram a mesa com o vereador Sérgio Rosenthal, Arystóbulo Freitas, José Horácio, Roberto Rosas, o desembargador Antonio Carlos Malheiros e o secretário de Esportes, Lazer e Recreação do município, Celso Jatene.
Durante a cerimônia, o desembargador Antonio Carlos Malheiros disse que passou na Aasp os melhores anos de sua vida. “Quantas noites passei acompanhando todas as aulas no pequeno departamento cultural da associação…”, relembrou. A história de Malheiros com a associação começou com seu pai, que foi vice-presidente da entidade. Malheiros, ex-diretor da associação, atribuiu os seus feitos como magistrado aos anos de convívio com os advogados.
Depois da entrega da salva de prata ao presidente da Aasp, os homenageados — dentre eles os funcionários mais antigos da casa, como Ana Luisa Távora e Samuel Ansarah Dizek — receberam diplomas. Aplaudido de pé, o fundador vivo mais antigo da Aasp, Fernando Euler Bueno, também recebeu o diploma e lembrou o tempo em que um grupo de advogados assinou a carta de compromisso com a entidade, que tinha uma visão adiantada das necessidades do advogados. Afirmou que não poderia imaginar que estaria representando a classe depois de 70 anos de quando tudo começou.
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