Retirada da defesa

Márcio Thomaz Bastos oficializa saída do caso Cachoeira

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31 de julho de 2012, 10h20

O escritório do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos deixa nesta terça-feira (31/7) oficialmente a defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. De acordo com Dora Cavalcanti, que pertence ao escritório, a saída não guarda relação com a suposta tentativa de suborno por parte da mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça. Segundo a advogada, já havia um acordo com a família de Cachoeira que previa a saída após as audiências na 11ª Vara Federal em Goiânia ocorridas na semana passada. A crise já se alongava há semanas. As informações são do jornal Folha de S. Paulo e Agência Brasil.

A mulher de Cachoeira vinha com frequência contrariando orientações dos advogados do escritório, como a de não conceder entrevistas. Thomaz Bastos já estava fora do caso há duas semanas. Recentemente, Dora Cavalcanti foi agredida verbalmente por Cachoeira. Segundo advogados da equipe, não há previsão de pagamento por ressarcimento ao réu.

"Tínhamos combinado que após as audiências começaríamos a transição para um outro escritório escolhido por eles. Estamos em reunião com a família e acho que até o final da semana já poderemos repassar o processo", explicou Dora Cavalcanti.

O empresário é acusado de envolvimento em um esquema de jogos ilegais e está preso desde fevereiro deste ano. Na segunda-feira (30/7), a noiva do empresário, Andressa Mendonça, foi detida sob suspeita de tentar corromper o juiz responsável pela Operação Montecarlo, que resultou na prisão do empresário. Ela prestou depoimento e pagou fiança de R$ 100 mil para ser liberada.

Segundo o juiz federal Alderico Richa Santos, Andressa o ameaçou com a divulgação de um dossiê contra ele caso a prisão de Cachoeira não fosse revogada. O documento seria publicado pela revista Veja. Procurada pela reportagem, a Veja, por meio de sua assessoria, se manifestou. "A direção da Veja afirma que seu departamento jurídico está tomando providências para processar o autor da calúnia, que tenta envolver de maneira criminosa a revista e seu jornalista com uma acusação absurda, falsa e agressivamente contrária aos nossos padrões éticos", diz nota da assessoria.

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