Guarda familiar

Ao deixar um dos filhos, casal pode perder os demais

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2 de abril de 2011, 16h47

A advogada do casal de Curitiba (PR) que teve trigêmeas, mas não quis uma das crianças que estava com insuficiência pulmonar, disse que os pais lutam na Justiça para não perder a guarda das três meninas, que estão em um abrigo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a advogada Margareth Zanardini em entrevista na rádio Band News Curitiba "Os pais entraram com todos os recursos possíveis e imagináveis para tentar reaver as meninas".

As crianças são fruto de fertilização in vitro e nasceram prematuras em 24 de janeiro, na Maternidade Nossa Senhora de Fátima. Na unidade, o casal tentou abandonar uma das crianças, e os médicos e psicólogos não conseguiram convecê-los do contrário. 

A maternidade não aceitou que os pais levassem só duas das trigêmeas e acionou o Conselho Tutelar. O caso foi para o Ministério Público Estadual.

Segundo Zanardini, as trigêmeas passaram um mês na UTI e não chegaram a ir para a casa dos pais. O ginecologista Karam Abou Saab, que implantou os embriões na mãe, disse que nunca viu um caso como esse. "É inédito um casal recusar filhos que se propôs a ter".

Segundo ele, a fertilização in vitro tem 40% de chance de sucesso, e cerca de 2% podem resultar em três ou quatro bebês. Saab disse que informou o casal sobre o método de tratamento. 

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