Imprensa estrangeira

Cerca de 140 profissionais acompanham as eleições

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31 de outubro de 2010, 14h04

A imprensa internacional está de olho nas eleições presidenciais deste ano no Brasil. A agilidade na apuração dos votos e a ausência de denúncias de fraudes chamaram a atenção de 80 jornalistas estrangeiros que deverão estar em várias cidades brasileiras para acompanhar as eleições. Além deles, mais de 60 já atuam como correspondentes permanentes no país. A informação é da Agência Brasil.

Ao lado de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, Porto Alegre também tem chamado a atenção dos jornalistas. Isso porque a presidenciável Dilma Rousseff (PT) vota na capital gaúcha. Já o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vota na capital paulista.

Para o jornalista Eduardo Davis, da agência espanhola EFE, o que mais surpreendente nas eleições brasileiras é a agilidade na apuração dos votos. “A velocidade na contagem dos votos no Brasil é um exemplo para todos. É quase uma perfeição nesse sentido. Também há o diferencial de que nunca se veem denúncias na apuração dos votos”, afirmou Davis, que está há 12 anos no país.

“Houve uma demora maior no registro dos programas eleitorais. Mas para mim [que sou estrangeiro], o sistema de programa gratuito de rádio e televisão é algo muito diferente, assim como o fato de a mídia pautar a campanha e não o contrário”, afirmou o argentino Aldo Gamboa, correspondente da France Press em Brasília. Desde 1988, ele faz coberturas de campanhas presidenciais no país.

A Associação de Correspondentes Internacionais Estrangeiros (Acie), com sede no Rio de Janeiro, mantém um cadastro com mais de 60 profissionais fixos no país. A lista aponta a presença de jornalistas de vários lugares da Europa, da América Latina e dos Estados Unidos. Países como o Japão, a Angola e o México têm um profissional cada, enquanto a China mantém dois jornalistas permanentemente no Brasil.

Os assuntos mais comentados
O primeiro turno foi pautado pelos principais jornais internacionais e pelos sites oficiais por assuntos como o a existência de um favoritismo dividido por duas mulheres – as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) – e dois homens – os candidatos José Serra (PSDB) e Plínio Sampaio (P-SOL). Também ganhou espaço o espaço obtido pelo Partido Verde.

A imprensa na Bulgária, por sua vez, acompanha as eleições no Brasil de forma diferenciada. Isso porque Dilma é considerada como búlgara pelo país. Ela é filha de pai búlgaro e mãe brasileira, o que para a sociedade da Bulgária é suficiente para Dilma ser considerada uma cidadã do país. Só a agência de notícias de Sófia (a capital da Bulgária) Novinite, em inglês, publicou três reportagens sobre a vida e a trajetória política da candidata do PT.

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