Danos do sequestro

Ingrid Betancourt pede indenização de R$ 12 milhões

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9 de julho de 2010, 18h29

A ex-senadora Ingrid Betancourt quer que o governo colombiano pague uma indenização equivalente a R$ 12 milhões por danos causados durante o período que permaneceu sob o poder das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc).

A ação movida pela ex-senadora, que tem nacionalidades colombiana e francesa, foi encaminhada no último dia 30, mas a informação só foi divulgada nesta sexta-feira (9/7). Na prática, é um pedido de indenização, mas dois processos foram impetrados — um em nome da parlamentar e outro da família dela. O processo está sob responsabilidade do advogado Ernesto Juan Gabriel Devis-Morales. AS informações são da Agência Brasil.

A senadora alega que move a ação contra o Estado da Colômbia porque sofreu “prejuízos que foram causados durante o sequestro”. Ela foi sequestrada pelos guerrilheiros na companhia de uma assessora durante a campanha presidencial em que era candidata. Na ocasião, elas estavam na região de San Vicente del Calguán, em Caquetá.

Em julho de 2008, Ingrid foi resgatada com outras 14 pessoas, depois que o Exército colombiano, sob orientação do então ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, concluiu a operação de libertação dos reféns.

O Ministério da Defesa informou, por meio de um comunicado, ter se surpreendido com a ação movida por Ingrid. “O Ministério da Defesa Nacional está convencido que não há evidências objetivas para sustentar a conclusão de responsabilidade do Estado nestes incidentes”, informou. “A candidata Ingrid Betancourt, no momento presidencial, rejeitou as recomendações insistentes das forças de segurança e outras autoridades da sua intenção de não continuar viajando”.

O comunicado diz ainda que “o Ministério da Defesa expressou surpresa e tristeza pelo encaminhamento dos pedidos, especialmente depois do esforço e empenho das forças de segurança no planejamento e na execução da Operação Jaque [que libertou a senadora e os 14 reféns], em que homens e mulheres das Forças Armadas arriscaram a vida em busca da liberdade dos reféns e que a própria Ingrid Betancourt define como ‘perfeita’”.

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