Erros sucessivos

Juíza espanhola é suspensa por manter absolvidos presos

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14 de junho de 2007, 18h24

O Conselho Geral do Poder Judiciário da Espanha suspendeu, na terça-feira (12/6), a juíza Adelina Entrena Carrillo, titular do Juizado Penal 1de Motril (Granada), por ter mantido preso José Campoy Maldonado durante 437 dias após ter sido absolvido de uma acusação por roubo. A informação é do matutino El País.

A sentença ocorreu no dia 30 de janeiro de 2006, mas o mandado de soltura somente chegou na prisão em março deste ano. Segundo a promotoria do Tribunal Superior de Justiça de Andalucía, o acusado estava preso “de uma maneira irregular”. Ele só foi solto porque um funcionário descobriu o erro.

Nesta quarta-feira (14/6), o serviço de inspeção visitou de surpresa o Juizado e encontrou outras irregularidades. Além de Maldonado, os inspetores descobriram que Adelina manteve preso pelo menos outros dois acusados que já deveriam estar em liberdade.

Um dos presos, que era acusado de maltratar a família, ficou quatro meses mais do que era permitido por lei para alguém que ainda não foi julgado. O terceiro preso ficou um mês além do que devia.

Ficou constatado ainda que o livro de presos preventivos (registro dos detidos ainda não julgados) era “um instrumento inútil para o controle deste tipo de causa”, segundo os inspetores. Alguns dos detidos não estavam registrados nele.

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