Canto de salvação

Jovens em recuperação contam histórias na OAB de Minas Gerais

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14 de julho de 2007, 0h01

Com o objetivo de difundir atividades de prevenção, recuperação e promoção social de adolescentes que cumprem medida sócio-educativa, o grupo Encantadores de Histórias, de Itaúna (MG), vai se apresentar em Belo Horizonte. O grupo é formado por jovens em recuperação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac).

Neste mês, o grupo se apresenta nos centros sócio-educativos Santa Terezinha e São Jerônimo. Em agosto, a apresentação será na OAB de Minas Gerais, durante o Simpósio Criminalidade e Violência: Políticas Públicas de Combate. O evento será promovido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Instituto dos Advogados Brasileiro (ICB), OAB-MG, Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBBCcrim), Instituto de Ciências Penais (ICP) e Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis).

Formado, atualmente, por dez recuperandos e dois voluntários da Apac de Itaúna, sob a direção da contadora de histórias e servidora do TJ mineiro Rosana Mont’Alverne, o grupo freqüenta oficinas de contos, semanalmente, desde setembro de 2004.

Segundo a coordenadora, com o projeto “surge o interesse pela leitura como opção de lazer e o ofício de contador de histórias como opção profissional. Mas, principalmente, os contos surgem como opção de re-significação de vidas, de encantamento da própria história através da palavra, que passa a ter imenso valor”.

A Apac é uma entidade sem fins lucrativos criada originalmente pelo advogado Mário Ottoboni, em São José dos Campos (SP). De acordo com o advogado, a entidade dispõe de “um método de valorização humana, portanto de evangelização, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se, logrando, dessa forma, o propósito de proteger a sociedade e promover a Justiça”. Na organização, não há policiais nem agentes carcerários.

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