Partilha combinada

Joaquim Roriz tem 20 dias para explicar origem de R$ 2,2 milhões

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2 de julho de 2007, 17h43

O senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) tem 20 dias para apresentar explicações ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, sobre a conversa telefônica em que combinava a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília, Tarcísio Franklin de Moura. O processo administrativo contra o parlamentar foi aberto nesta segunda-feira (2/7). As informações são da Agência Brasil.

Em sua defesa, Roriz diz que o dinheiro surgiu de um empréstimo que pediu ao empresário Nenê Constantino, o dono da Gol. E R$ 300 mil teriam sido usados para a compra de uma bezerra. A revista Veja, em sua última edição, publicou que a outra parte do dinheiro teria sido usada para subornar juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal.

Em outubro de 2006, o TRE julgou pedido do Ministério Público para cassação do registro da candidatura de Roriz. A acusação é a de que ele usou a máquina pública do Distrito Federal em sua campanha. Na época, ele deixou o cargo de governador do Distrito Federal para disputar a eleição para o Senado.

Segundo a reportagem da semanal, o julgamento do caso foi suspenso por um pedido de vista, com o placar de 3 a 2 contra o senador. Quando a votação foi retomada, um voto-vista empatou a disputa e outro juiz mudou sua decisão em favor de Roriz. O placar passou então para 4 a 3 a favor do então candidato.

A descoberta do dinheiro aconteceu com escutas telefônicas feita pela Polícia Civil, com autorização judicial. Após as explicações do senador, que devem ser feitas por escrito, o procurador-geral da República pode pedir abertura de inquérito.

Antônio Fernando de Souza também deu prazo para três parlamentares darem explicações sobre denúncias da Operação Navalha, que desarticulou um esquema que fraudava licitações de obras públicas e desviava recursos de programas federais. Os alvos são: os deputados federais Maurício Quintela (PR-AL), Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do presidente do Senado, Renan Calheiros, e Paulo Magalhães (DEM-BA), sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA).

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