Pena capital

Iraque é o quarto país que mais condena à morte, diz Anistia

Autor

23 de abril de 2007, 0h00

O Iraque é o mais novo país a entrar no seleto clube das nações que mais executam pessoas. É o que consta de relatório da maior entidade de direitos humanos do planeta, a Anistia Internacional, divulgado esse fim de semana em Londres.

Em 2006, as autoridades iraquianas executaram 65 pessoas, incluindo duas mulheres. Esse número só é superado pela China, Irã e Paquistão. “Isso representa um profundo retrocesso”, diz a Anistia. A pena de morte no Iraque foi suspensa após a coalizão de tropas que depôs Saddam Hussein em 2003, mas foi reinstalada para o governo provisório do Iraque, em agosto de 2004.

Desde então, mais de 270 pessoas foram condenadas à morte naquele país. Ao menos 100 foram executadas. Não se sabe quantos eram mortos pela pena capital no regime de Saddam Hussein. Hoje as penas são impostas, sobretudo, para acusados de terrorismo e de seqüestro.

Segundo a Anistia, no Iraque os advogados ainda não têm acesso a seus clientes. E as execuções são feitas após longas sessões de tortura. Algumas confissões são feitas na TV estatal, num programa melodramático chamado Terrorismo no Freio da Lei.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!