Grupo árabe-americano acusa governo dos EUA de perseguição
19 de outubro de 2006, 13h52
Um grupo árabe-americano de direitos civis ajuizou ação sustentando que o governo dos Estados Unidos se empenhou em perseguir a comunidade árabe quando prendeu 237 pessoas sob acusação de violar leis de imigração, em 2004. As informações são do site Findlaw.
Ajuizada pelo Comitê Árabe-Americano Anti-Discriminação, a ação aponta dois departamentos envolvidos em assuntos de imigração — o U.S. Department of Homeland Security e o Immigration and Customs Enforcement — como responsáveis pela suposta perseguição.
A ação de baseia no Freedom of Infoirmation Act, uma lei de 1966 que permite o acesso a dados públicos. O grupo decidiu recorrer à Justiça depois de dois anos tentando descobrir a nacionalidade dos 237 presos na operação deflagrada pouco antes das eleições presidenciais de 2004 e que tinha como motivo o combate a terroristas.
O Comitê Árabe-Americano crê que os envolvidos na operação usaram irregularmente uma base de dados criada pelo governo dos EUA após os ataques de 11 de setembro de 2001 e que listava nomes de visitantes, estudantes e imigrantes de 25 países, para saber quais deles eram árabes ou muçulmanos.
“Nós simplesmente fizemos um esforço de focar a ação em quem violou as leis de imigração para aumentar a segurança contra ameaças públicas nas semanas que precediam as eleições presidenciais”, defende-se Dean Boyd, porta-voz dos departamentos governamentais acusados de perseguição. Para ele, “raça, etnia e religião não desempenharam papel algum nessa operação”.
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