Câncer de pulmão

DaimlerChrysler deve pagar US$ 20 milhões para mecânico

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30 de novembro de 2006, 8h49

A montadora de automóveis DaimlerChrysler deve pagar US$ 20 milhões a um policial aposentado e mecânico de breques. Ele teve o pulmão direito removido em decorrência de câncer causado pelo amianto. As informações são do site FindLaw.

Um Júri na Suprema Corte do Estado de Nova York, em Manhattan, decidiu que Alfred D’Ulisse, 73 anos, e sua mulher deveriam receber a quantia. A DaimlerChrysler foi considerada culpada por 10% do câncer de Alfred D’Ulisse. Mas, sua responsabilidade nos danos foi na ordem de 80%, já que as duas outras empresas em que ele trabalhou não existem mais.

A DaimlerChrysler, que faz os carros da marca Mercedes-Benz e Chrysler, divulgou nota afirmando que o caso foi construído em cima de “laudos viciados”. A empresa acusou o juiz Louis B. York de “determinações inapropriadas”.

O ex-reparador de breques contraiu câncer (mesotelioma) após ter trabalhado na companhia Morak Brakes e seu pulmão foi extraído em 2004. O amianto detém o fogo e era usado amplamente na vedação de motores de carros.

Porém, o Júri não responsabilizou a DaimlerChrysler pelo câncer de outro funcionário, Rodolfo Colella, um mecânico do bairro de Queens, também em Nova York, que trabalhou para várias montadoras entre 1972 e 1989. A porta-voz da DaimlerChrysler, Elaine Lutz, diz que os advogados da empresa trouxeram evidências que o câncer de Colella fora causado por radioterapia, após ele ter contraído a doença linfoma de Hodgkin, em 1970.

A DaimlerChrysler diz estar confiante que reverterá a decisão do ressarcimento de US$ 20 milhões numa apelação.

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