Amargo regresso

Brasil muda de estratégia no caso de ilegais nos EUA

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17 de março de 2006, 7h00

O Governo dos Estados Unidos continua querendo mandar de volta para o Brasil todo e qualquer cidadão brasileiro encontrado em situação irregular naquele país. Há pouco, enviou a Brasília uma nova lista com 198 nomes que pretende deportar nas próximas semanas. Mas a chegada desse contingente vai superar a expectativa das autoridades americanas.

Embora admita que não há como pedir a permanência dessas pessoas por lá, o governo Lula mudou de estratégia. Por meio do Itamaraty, informou ao Departamento de Imigração dos EUA que o Brasil não deseja que os repatriados cheguem aqui em aviões fretados exclusivamente para essa finalidade. Quer o envio dos que foram detidos por agentes americanos em vôos de carreira.

Em 2004, houve quatro vôos exclusivos de brasileiros deportados dos

Estados Unidos, igual número do ano passado. As negociações estão abertas e ainda é impossível saber quem levará vantagem sobre o fim ou não dos vôos charter de deportados.

Um brasileiro detido custa US$ 60 por dia ao governo americano. Em média, o tempo de prisão é de 90 dias. A lista entregue ao governo brasileiro traz nomes de pessoas que foram presas nas cidades de Nova York, Washington, San Francisco, San Antonio, El Paso, Houston, entre outras.

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