Morte no litoral

Procurador-geral de SP quer que promotor permaneça na prisão

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4 de janeiro de 2005, 10h44

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rabello Pinho, começa a ouvir hoje testemunhas que presenciaram o assassinato do jovem Diego Mendes Modanes pelo promotor de Justiça Thales Ferri Schoedl, na semana passada, no litoral paulista.

O promotor foi preso em Bertioga após disparar contra dois jovens que, segundo testemunhas teriam provocado Schoedl fazendo gracejos com sua namorada. O promotor reagiu às provocações e disparou 12 tiros contra os rapazes, matando Diego Mendes Modanes e deixando Felipe Siqueira Cunha de Souza gravemente ferido. O crime aconteceu na Riviera de São Lourenço, um condomínio de luxo do litoral paulista.

Se depender da vontade do procurador-geral, Schoedl permanecerá preso. Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (3/01), Pinho destacou a necessidade de Schoedl continuar preso, ao menos até que sejam encerradas as investigações.

A defesa de Schoedl deve sustentar a tese de que ele agiu em legítima defesa já que, segundo o promotor, o grupo que o provocou teria tentado agredi-lo antes dos disparos.

É possível que Schoedl perca o cargo de promotor substituto de Iguape (litoral sul de São Paulo), já que, além do processo criminal ele poderá enfrentar também um processo administrativo, dependendo do rumo das investigações.

Enquanto isso, o promotor permanece em uma cela especial na sede da Polícia Militar em São Paulo.

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