Acerto de contas

Presidente do TST tenta conciliar direção e funcionários da Volks

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2 de dezembro de 2005, 17h12

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vantuil Abdala, fez uma proposta de acerto dos 17 dias úteis da greve dos trabalhadores na unidade da Volkswagen de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. O ministro propôs a saída pacífica antes de decidir sobre o recurso da Volks contra a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, que determinou o pagamento integral dos dias de greve.

Abdala propôs que a empresa desconte seis dias e perdoe cinco. Em compensação, os trabalhadores devem repor os seis dias restantes. A proposta não altera o valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) fixado pelo TRT paulista de, no mínimo, R$ 4,7 mil . Estiveram na audiência os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e representantes da direção da Volkswagen do Brasil.

A proposta do presidente do TST será transmitida ao presidente da Volks do Brasil, Hanz Maergener, ainda nessa sexta-feira (2/12), pelo diretor de assuntos governamentais e jurídicos da empresa, Ricardo Carvalho.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopes Feijóo, disse ao ministro Vantuil Abdala que tem o aval da categoria para fazer o acordo de compensação dos dias parados, apesar da decisão favorável e unânime do TRT de São Paulo determinando o pagamento dos dias de greve.

Nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira (5), às 15h30, na sede do TST. “Levando-se em conta as circunstâncias desse caso e o estado de espírito das partes, convém que a minha proposta seja aceita”, afirmou o ministro Vantuil Abdala ao final do encontro.

Sob a alegação de que a empresa não está cumprindo a decisão do TRT-SP, o sindicato havia pedido a decretação da prisão preventiva do presidente da Volks, mas a presidente do tribunal, juíza Dora Vaz Treviño, indeferiu o pedido. A empresa alega que não terá como se ressarcir dos prejuízos causados pela paralisação. Durante a greve, 16 mil carros deixaram de ser produzidos na unidade de São Bernardo do Campo.

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