Nova aliada

Vale do Rio Doce entrega proposta de combate a trabalho escravo

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15 de julho de 2004, 18h22

Advogados e consultores da Companhia Vale do Rio Doce se reuniram nesta quinta-feira (15/7) com a procuradora-geral do Trabalho, Sandra Lia Simón, para apresentar a proposta da empresa para atuar na área de educação e prevenção do trabalho escravo. A iniciativa é em parceria com a OIT.

Segundo o coordenador jurídico trabalhista e previdenciário da Vale, Rafael Grassi Ferreira, um grupo de trabalho começará a se reunir em agosto para identificar as reais necessidades das instituições que se dedicam à erradicação do trabalho escravo.

“A iniciativa é muito bem vinda, especialmente porque há um aspecto cultural muito grave e muito arraigado por trás desse problema que só com campanhas educativas será possível modificar”, disse Lia.

De acordo com a consultora da Vale, Maria Lucia D’Ório, o apoio se dará através da Fundação Vale do Rio Doce. O gerente geral jurídico ambiental e trabalhista da empresa, José Alberto da Costa Araújo, lembrou que a própria ferrovia da Vale do Rio Doce, que liga Paraopebas, no Pará, à São Luís, no Maranhão, pode ser um instrumento importante na nova empreitada.

Os funcionários que trabalham na ferrovia serão treinados para identificar e denunciar possíveis casos de trabalho escravo que estiverem ocorrendo nas regiões em que trabalham ou por onde passarem.

Durante a reunião, também foi levantada a possibilidade de apoio da CVRD na fiscalização do trabalho escravo. A mineradora dispõe de aeronaves na região, que poderiam ser eventualmente utilizadas pelo Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo em suas operações.

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