Sem efeito

Mesmo com nova lei, Arizona não diminui número de abortos.

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24 de fevereiro de 2004, 11h33

Uma lei que obriga as menores a obter o consentimento dos pais ou de um juiz antes de praticar um aborto não mudou praticamente em nada o número de garotas que se submetem ao procedimento.

A lei foi aprovada em março de 2003 no Arizona, Estados Unidos, para tentar conter o expressivo número de abortos feitos por menores.

“Nós esperávamos que a lei tivesse um efeito maior”, disse Christopher Mrelo, assistente de estatística do Departamento de Saúde do Arizona. “Não houve nenhuma mudança significativa”.

Sem contar o mês de dezembro, o Estado registrou, apenas em garotas de 17 anos ou menos, 617 abortos no ano passado. Dessas meninas, 54 tinham menos de 15 anos. Os dados foram publicados nesta segunda-feira (23/2) pelo jornal East Valley Tribune.

Os números não são muito diferentes dos registrados em anos anteriores. Em 2002, foram registrados 705 abortos praticados por menores. Em 2001, o número foi 540.

Pela lei, as meninas que não queiram contar a seus pais estão grávidas e pretendem não ter o filho podem tentar obter uma permissão com o juiz local.

Em 2003, foram concedidas, em “Maricopa County” (condado de Maricopa), 41 autorizações para que as menores pudessem abortar. Três foram negadas. Este ano, cinco petições foram arquivadas e cinco concedidas.

Defensores anti-aborto discutem, atualmente, uma proposta que estabelece um período de espera de 24 horas para toda a mulher que procura abortar. A proposta foi aprovada na semana passada e, agora, segue para o governo do Estado. (Findlaw).

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