Trabalho forçado

Brasileiras vão ser indenizadas por crimes do nazismo

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5 de dezembro de 2001, 17h40

A costureira Valentina Nowikow, 78 anos, que vive no Brasil, e três amigas devem receber indenização por terem sido submetidas a trabalho forçado na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. A reparação é prevista em um programa do governo alemão, que prevê indenizações para pessoas não judias que também foram vítimas do nazismo.

Os valores variam de 5 mil a 15 mil marcos alemães dependendo do grau de sofrimento. Para as pessoas que foram submetidas a experiências científicas ou perderam filhos, o valor deve ser o maior. As indenizações devem começar a ser pagas em janeiro de 2002. Estima-se que oito milhões de pessoas em todo o mundo tenham direito à indenização.

A jornalista Lana Nowikow, filha da costureira, acredita que a sua mãe deve receber o valor de 5 mil marcos pelo trabalho forçado entre 1939 e 1944.

De acordo com a jornalista, o programa do governo alemão esperava encontrar 10 mil pessoas na mesma situação no Brasil. Mas apenas cerca de 450 ex-trabalhadores enviaram o pedido de indenização. Segundo Lana, o programa foi pouco divulgado no Brasil.

O escritório da Organização Internacional para as Migrações, responsável para cuidar dos pedidos das indenizações, fica em Buenos Aires, na Argentina.

O prazo para fazer o pedido de indenização vai até o dia 31 de dezembro. Os interessados podem enviar cartas para a Avenida Callao 1033, piso 3, C-1023AAD, Buenos Aires – Argentina ou mandar mensagem eletrônica para [email protected]. Os telefones do escritório são: xx5411- 4815-5194 ou 4815-5195 ou 4815-0329. O número do fax é 4816-4596.

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